Mais do que nunca, o cuidado mental será crucial para o pós-pandemia, sobretudo para todas as mudanças que estão por vir, como também para a repercussão psíquica deixada pelo distanciamento social, pelas sequelas do Covid ou ainda, que eventualmente, pelo luto não simbolizado na ausência de uma despedida adequada para aqueles que tragicamente se foram pela doença. Além da depressão de tempos incertos e cada vez mais difíceis.  

Esse emaranhado e essa teia de variáveis sócio ambientais, fará da próxima década, a década do cuidado mental. Não há dúvidas disso!

POR QUE A PSICANÁLISE COMO ALTERNATIVA?

Em uma análise, o percurso sempre será de falar sobre a sua história, sobre o que deseja e assim promover novas elaborações e mudanças necessárias para você.

É falando e tendo a pergunta como movimento que novas significações poderão ajudar, contribuindo com o seu cuidado mental e emocional. 

Somos uma caixinha de surpresas. Não sabemos exatamente o que sentimos, como sentimos e quando sentimos. Apenas nos afetamos e sentimos mais do que gostaríamos em alguns momentos.

Nos percebemos sozinhos e um tanto isolados nestes emaranhados de sentidos e afetos. Ficamos muitas vezes isolados, imaginando que o outro está em melhor condição do que nós.

E quando não for exatamente assim?

Quando uma pergunta aparentemente comum ou simples, demonstra ou aponta que apesar de distintos e bastante únicos, podemos ter em comum um ponto de convergência nestes afetos tão nossos?

Se a pergunta puder ser amplificada e os afetos ditos, podemos encontrar um vazio semelhante no colega, na família, nos discursos e na vida.

Essa ausência de sentido, de controle e de poder é a nossa sinergia. E nossa estranheza também.  

Cada qual com o seu cada um, diziam os poetas e músicos.

Cada um deve fazer o que puder, o que conseguir, o que desejar com o seu buraco e com sua ausência.

Cada um deve enlaçar à sua maneira essa falta e esse incompleto.

Não estou falando essencialmente de uma cultura brasileira.

Estou falando da condição humana de existência.

O bicho humano padece da linguagem e é também pela linguagem que esse mesmo bicho homem poderá construir novos significados, novas escolhas e assim, quem sabe, poderá desejar.

Poderá desejar, seja fazendo uso do dito, do não dito, do que não pode ou não consegue  nomear e sobretudo pela escolha de uma psicanálise para chamar de seu percurso de mudança, elaboração,  para evitar repetir situações desagradáveis e no fim como caminho de construção de uma vida para além da sobrevivência.

Sempre que alguém por brincadeira, ignorância, falta de sensibilidade ou informação, me pergunta se a psicanálise é só para quem está ficando louco ou doente, costumo recorrer à frases conhecidas para explicar o que para algumas pessoas é difícil de entender na prática e no dia a dia. 

Recorrer ao processo de uma análise pessoal é para para no mínimo, pensar diferente, para não só repetir, repetir, repetir e repetir.

É para sair do "looping" da compulsão à repetição e do conhecido que fazemos, sem saber porque fazemos. 

Psicoterapia e em especial, a psicanálise é para a elaboração de novas possibilidades e para resultados diferentes.

Psicanálise é fugir de um destino determinado ou de um destino que não pode mudar. 

Psicanálise é correr contra o que você acredita como imutável. É olhar o avesso das situações conhecidas e antigas. 

Quando alguém disser que quem faz terapia é louco, diga e responda como Einstein:

Loucura mesmo é fazer a mesma coisa e esperar resultados diferentes!

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Não esqueça, para algo novo é preciso muitas vezes, olhar para o velho e para aquilo que te define. Precisa de ajuda?

Marque uma entrevista. A psicanálise, com certeza poderá ajudar.